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quarta-feira, 21 de abril de 2010

Ariano Suassuna


Ariano Villar Suassuna nasceu no dia 16/06/1927 no Palácio da Redenção, na Paraíba (PB). Oitavo filho dos nove irmãos, seu pai, João Urbano Pessoa de Vasconcellos Suassuna, era governador da Paraíba. Sua mãe chamava-se Rita de Cássia Dantas Villar. Três anos depois, então deputado federal, o pai do autor é assassinado no centro da cidade do Rio de Janeiro (RJ). A fim de evitar inimigos, a família muda-se constantemente. Em 1933, muda-se para Taperoá, no sertão dos Cariris Velhos da Paraíba. De 1934 a 1937, inicia seus estudos e entra para o internato do Colégio Americano Batista, no Recife. Após concluir o curso Clássico, começa o curso de Direito. Em 1947, escreveu sua primeira peça teatral, "Uma mulher vestida de sol", e ganhou o prêmio Nicolau Carlos Magno. Continua escrevendo para teatro, sempre elogiado, até que, em 1955, escreve um de seus inúmeros sucessos, "Auto da Compadecida", texto baseado em três narrativas do Romanceiro nordestino. Casa-se, em 1957, com Zélia de Andrade Lima, que lhe deu 6 filhos. Tem 13 netos.
Em 1958, começa a escrever "Romance d'A Pedra do Reino e o príncipe do sangue do vai-e-volta". Estuda Filosofia na Universidade Católica de Pernambuco. Já famoso, funda, ao lado de Hermilo Borba Filho, o Teatro Popular do Nordeste. Em 1964, publica "O santo e a porca". Membro fundador do Conselho Nacional de Cultura; Diretor do Departamento de Extensão Cultural da Universidade Federal de Pernambuco, começa a articular o Movimento Armorial, que defenderia a criação de uma arte erudita nordestina a partir de suas raízes populares. Em 1970, conclui o "Romance d'A Pedra do Reino". Com um concerto "Três séculos de música nordestina — do Barroco ao Armorial" — e uma exposição de gravuras, pinturas e esculturas, lança no Recife, em 18 de outubro, o Movimento Armorial. “A Pedra do Reino" sai em agosto de 1971. No ano seguinte, ganha o Prêmio Nacional de Ficção do Instituto Nacional do Livro. Eleito para ocupar a cadeira 32 da Academia Brasileira de Letras, toma posse no dia 09/08/1990. Em São José do Belmonte (PE), no ano de 1993, realiza-se em maio a primeira festa da Pedra do Reino, uma cavalgada na qual os participantes, posteriormente, passariam a usar trajes como os descritos no romance. Em 1995 é nomeado, pelo governador Miguel Arraes, secretário estadual da Cultura. Estréia, em 1996, no Teatro do Parque, no Recife, a série "Grande cantoria", aula espetáculo que reúne violeiros e repentistas. O biografado, ao violão, cantou um romance de inspiração sebastianista que aprendera na infância. A peça "A história de amor de Romeu e Julieta" é publicada no suplemento "Mais!" do jornal "Folha de São Paulo", em 1997. No ano seguinte, participa do lançamento do CD "A poesia viva de Ariano Suassuna". “O Auto da Compadecida" é exibida em quatro capítulos pela Rede Globo de Televisão, em 1999. Em 2000, escritor recebe o título de doutor honor is causa da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Em comemoração aos 500 anos do Descobrimento do Brasil, apresenta no canal GNT o programa "Folia Geral", sobre as origens do carnaval. Toma posse, no dia 09 de outubro, na cadeira 35 da Academia Paraibana de Letras. Ao completar 80 anos de idade, em 2007, o autor foi homenageado em todo o Brasil pela grandeza de seu trabalho.

Freud


Nasceu em 06 de maio de 1856 na Checoslováquia, de origem judaica. Aos 8 anos já lia Shakespeare e, na adolescência uma conferência, cujo tema era o ensaio de
Goethe sobre a natureza ficou profundamente impressionado. Trocou a faculdade de Direito pela Medicina e interessou-se pela área de pesquisas. Iniciou seu trabalho sobre o sistema nervoso central, publicou vários artigos sobre cocaína.
Especializou-se em doenças nervosas e criou interesse pela "histeria" e pela hipnoterapia praticada na época por Breuer Charcot. Os dois , trabalhando juntos publicaram "Estudos sobre a Histeria" e na mesma época Freud conseguiu analisar um sonho seu que ficou conhecido como "O Sonho da Injeção feita em Irma", rascunhou "Projeto para uma psicologia Científica" somente publicada após sua morte.
O termo psicanálise (associação livre) , foi iniciado por ele após passar por um trauma com a morte de seu pai e começou com seu amigo WILHELM FLIESS a analise de seus sonhos e fantasias.
"A Interpretação de Sonhos" que Freud considerava um de seus melhores livros foi publicado para ser projetado no inicio do novo século, XX.
Foi bastante hostilizado por seus colegas médicos, trabalhando em total isolamento.
Deu inicio a análise de Dora , sua paciente e escreveu Sobre a Psicopatologia da Vida Cotidiana, " publicando em 1901.
Escreveu "Três Ensaios sobre a Teoria da Sexualidade, "Os Chistes e sua relação com o Inconsciente, " "Fragmento da análise de um caso de Histeria"; (neurose)
Teve alguns seguidores como Alfred Adler, Carl Jung, que depois separaram-se de Freud e criaram suas próprias escolas, discordando da ênfase que Freud dava à origem sexual da neurose.(nervosismo, irritabilidade, excitação)
Durante a Segunda Guerra Mundial Freud foi para a Inglaterra, mas suas irmãs foram assassinadas em campos de concentração.
Freud ainda escreveu "Conferências Introdutórias sobre Psicanálise e há varios volumes da "Coletânea das Obras de Sigmund Freud, que entre outros temas, abrangia a teoria do trauma do nascimento.
Freud é considerado o PAI DA PSICANÁLISE, onde o paciente, vai com ou sem hipnose, lembrando-se de seus traumas, durante a vida e libertando-se de seus sofrimentos e atitudes de irritabilidade, histeria etc.
É muito utilizado hoje em dia, por psicólogos e até os novos parapsicólogos, que estão surgindo, usam também em grande escala a hipnose para recordações de vidas anteriores.
Freud lutou por muitos anos contra um câncer na boca e morreu por eutanásia ( EUTANÁSIA - SEUS ÚLTIMOS DIAS, por Peter Gay) em 23 de setembro de 1939 com grande influência na cultura do século XX.
É de grande importância o estudo de Freud por psicólogos, psicanalistas e parapsicólogos, pelo estudo e entendimento para ajudar os pacientes do nascer e do passado-presente-futuro a fim de se manter e entender os meandros da vida emocional. Causas e conseqüências de determinadas atitudes de pessoas com tendência a irritabilidade, nervosismos, ataques de pânico, medos, etc. Tudo feito com o auxilio da hipnose.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Chico Mendes


Criado na Floresta Amazônica, sem jamais freqüentar uma escola e tendo de trabalhar desde os nove anos como seringueiro, Francisco Alves Mendes Filho, conhecido como Chico Mendes, foi responsável pela mais eficaz militância ecológica já ocorrida no país, tornando-se símbolo mundial da luta pela preservação da Amazônia. Para evitar a devastação da floresta e conservar o modo de vida dos habitantes locais, quer fossem índios, seringueiros, ribeirinhos ou pescadores, pregavam a sua organização, a negociação pacífica com os pecuaristas e a criação das reservas extrativistas: áreas protegidas para usufruto da população que vive da exploração de recursos materiais renováveis e que deve, por lei, combinar preservação ambiental e desenvolvimento econômico e tecnológico. Provocou, no entanto, a ira de fazendeiros da região, sendo assassinado, em 1988, por Darli Alves da Silva e seu filho, Darci Alves Pereira. Sua trajetória política iniciou-se quando participou do II Congresso Nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT), defendendo a tese Em Defesa da Floresta. Ao final do Congresso, foi eleito suplente da diretoria nacional do órgão. No final dos anos de 1970, ajudou a fundar os primeiros sindicatos do Acre, com o apoio da Confederação dos Trabalhadores Agrícolas (Contag) e da Igreja Católica. Em 1985, organizou o I Encontro Nacional de Seringueiro, destacando-se como principal liderança da região. Nos anos seguintes, mantendo incansável luta pela preservação da floresta, recebeu o reconhecimento internacional. Foi visitado por membros da Organização das Nações Unidas (ONU) e recebeu o Prêmio Global 500, conferido a pessoas que se destacam na defesa do meio ambiente. Em 1988, meses antes de sua morte, o governo federal, por meio do Ministério da Reforma Agrária, instalou a primeira reserva extrativista na Amazônia, cuja responsabilidade de organização ficou a cargo do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Xapuri. Atualmente, existem aproximadamente 21 reservas, ocupando mais de três milhões de hectares da floresta. Depois de um século de trabalho semi-escravo devido à exploração da borracha, os seringueiros passaram a ser reconhecidos como uma categoria especial de trabalhadores rurais, que tanto vivem dos produtos da floresta como lutam por sua preservação.

Max Weber


Max Weber viveu no período em que as primeiras disputas sobre a metodologia das ciências sociais começavam a surgir na Europa, sobretudo em seu país, a Alemanha. Filho de uma família de classe média alta, com o pai advogado, Weber encontrou em sua casa uma atmosfera intelectualmente estimulante. Ainda era criança quando se mudaram para Berlim. Em 1882 foi para a Faculdade de Direito de Heidelberg. Um ano depois se transferiu para Estrasburgo, onde prestou o serviço militar. Em 1884 reiniciou os estudos universitários, em Göttingen e Berlim, dedicando-se as áreas de economia, história, filosofia e direito. Trabalhou na Universidade de Berlim como livre-docente, ao mesmo tempo em que era assessor do governo. Cinco anos depois, escreveu sua tese de doutoramento sobre a história das companhias de comércio durante a Idade Média. A seguir escreveu a tese "A História das Instituições Agrárias". Casou-se, em 1893, com Marianne Schnitger e, no ano seguinte, tornou-se professor de economia na Universidade de Freiburg, transferindo-se, em 1896, para a de Heidelberg. Depois disso, passou por um período de perturbações nervosas que o levaram a deixar o trabalho. Só voltou à atividade em 1903, participando da direção de uma das mais destacadas publicações de ciências sociais da Alemanha. No ano seguinte publicou ensaios sobre a objetividade nas ciências sociais e a primeira parte de "A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo", que se tornaria sua obra mais conhecida e é de fato fundamental para a reflexão sociológica. Em 1906 redigiu dois ensaios sobre a Rússia: "A Situação da Democracia Burguesa na Rússia" e "A Transição da Rússia para o Constitucionalismo de Fachada". No início da Primeira Guerra Mundial, Weber, no posto de capitão, foi encarregado de administrar nove hospitais em Heidelberg. Quando a guerra terminou, mudou-se para Viena, onde deu o curso "Uma Crítica Positiva da Concepção Materialista da História". Em 1919 pronunciou conferências em Munique, publicadas sob o título de "História Econômica Geral". No ano seguinte faleceu em consequência de uma pneumonia aguda.

Émile Durkheim


Sociólogo francês (15/4/1858-15/11/1917). Um dos fundadores da sociologia, ramo das ciências humanas que estuda a organização e os fenômenos sociais. Nasce em Épinal, em uma família judia pobre, e consegue estudar graças à ajuda de amigos. Chega à Escola Normal Superior de Paris em 1879. Oito anos depois, em 1887, torna-se o primeiro professor de sociologia da França. Começa a dar aulas na Universidade de Bordeaux e entre 1893 e 1895 escreve seus dois livros mais importantes: Da Divisão do Trabalho Social e As Regras do Método Sociológico. Estabelece com eles, entre outras idéias, o conceito de consciência coletiva como um sistema de crenças e sentimentos comuns, que explicam as relações entre os membros de uma sociedade. Em 1897 publica Suicídio: Um Estudo de Sociologia, no qual examina os problemas de personalidade e afirma que as causas do suicídio são sociais e não individuais. Analisando a sociedade da época, a seu ver conturbado pela desordem, propõe a instituição de normas que possam ser observadas por todos. Em 1902 começa a dar aula na Universidade de Paris, onde permanece até a morte.

Karl Marx


Teórico do socialismo, Karl Marx estudou direito nas universidades de Bonn e Berlim, mas sempre demonstrou mais interesse pela história e pela filosofia. Quando tinha 24 anos, começou a trabalhar como jornalista em Colônia, assinando artigos social-democratas que provocaram uma grande irritação nas autoridades do país. Integrante de um grupo de jovens que tinham afinidade com a teoria pregada por Hegel (Georg Wilhelm Friedrich - um dos mais importantes e influentes filósofos alemães do século 19), Marx começou a ter mais familiaridade dos problemas econômicos que afetavam as nações quando trabalhava como jornalista. Após o casamento com uma amiga de infância (Jenny von Westphalen), foi morar em Paris, onde lançou os "Anais Franco-Alemães", órgão principal dos hegelianos de esquerda. Foi em Paris que Marx conheceu Friedrich Engels, com o qual manteve amizade por toda a vida. Na capital francesa, a produção de Marx tomou um grande impulso. Nesta época, redigiu "Contribuição à crítica da filosofia do direito de Hegel". Depois, contra os adeptos da teoria hequeliana, escreveu, com Engels, "A Sagrada Família", "Ideologia alemã" (texto publicado após a sua morte). Depois de Paris, Marx morou em Bruxelas. Na capital da Bélgica, o economista intensificou os contatos com operários e participou de organizações clandestinas. Em 1848, Marx e Engels publicaram o "Manifesto do Partido Comunista", o primeiro esboço da teoria revolucionária que, anos mais tarde, seria denominada marxista. Neste trabalho, Marx e Engels apresentam os fundamentos de um movimento de luta contra o capitalismo e defendem a construção de uma sociedade sem classe e sem Estado. No mesmo ano, foi expulso da Bélgica e voltou a morar em Colônia, onde lançou a "Nova Gazeta Renana", jornal onde escreveu muitos artigos favoráveis aos operários. Expulso da Alemanha, foi morar refugiado em Londres, onde viveu na miséria. Foi na capital inglesa que Karl Marx intensificou os seus estudos de economia e de história e passou a escrever artigos para jornais dos Estados Unidos sobre política exterior. Em 1864, foi co-fundador da "Associação Internacional dos Operários", que mais tarde receberia o nome de 1ª Internacional. Três anos mais tarde, publica o primeiro volume de sua obra-prima, "O Capital". Depois, enquanto continuava trabalhando no livro que o tornaria conhecido em todo o mundo, Karl Marx participou ativamente da definição dos programas de partidos operários alemães. O segundo e o terceiro volumes do livro foram publicados por seu amigo Engels em 1885 e 1894. Desiludido com as mortes de sua mulher (1881) e de sua filha Jenny (1883), Karl Marx morreu no dia 14 de março de 1883. Foi então que Engels reuniu toda a documentação deixada por Marx para atualizar "O Capital". Embora praticamente ignorado pelos estudiosos acadêmicos de sua época, Karl Marx é um dos pensadores que mais influenciaram a história da humanidade. O conjunto de suas idéias sociais, econômicas e políticas transformaram as nações e criou blocos hegemônicos. Muitas de suas previsões ruíram com o tempo, mas o pensamento de Marx exerceu enorme influência sobre a história.

Vital Farias


tal Farias nasceu no sítio Pedra d'Água, município de Taperoá estado da Paraíba. Caçula entre 14 irmãos, Vital alfabetizou-se com as irmãs. Vital viveu em Taperoá até a conclusão do curso ginasial. Aos 18 anos mudou-se para a capital do estado da Paraíba, João Pessoa, onde prestou o serviço militar no 15º Regimento de Infantaria. Ao deixar o serviço militar continuou em João Pessoa e deu prosseguimento aos seus estudos no Lyceu Paraibano. Nesse período começou a estudar violão por conta própria. Depois passou a dar aulas de violão e de teoria musical no Conservatório de Música de João Pessoa. Em 1975 mudou-se para o Rio de Janeiro, onde participou de vários e importantes eventos artísticos, entre os quais a peça “Gota d’água, de Chico Buarque de Holanda. Em 1976 prestou vestibular para Faculdade de música, se formando em 1981. A primeira composição gravada de Vital Farias foi "Ê mãe", em parceria com Livardo Alves e gravada por Ari Toledo. Em 1978 gravou seu primeiro disco “Vital Farias”. O segundo, “Taperoá”, surgiu dois anos depois. No final do anos 80, Vital resolveu parar de gravar por um tempo para se dedicar aos estudos. Em 2002 produziu o disco de estréia de sua filha, Giovanna, com 15 composições de sua autoria e lançou o disco "Vital Farias ao vivo e aos mortos vivos". Nesse mesmo ano recebeu o título de Cidadão do Rio de Janeiro.

quarta-feira, 3 de março de 2010

Gilberto Freyre


Gilberto Freyre (1900-1987) é, com certeza, o maior estudioso do nosso país. Se for ler somente um livro sobre Brasil, leia Casa Grande & Senzala. Se for ler dois, leia Sobrados e Mucambos. Casa Grande & Senzala talvez seja a obra mais genial já escrita em nossa língua. Ela atinge picos de maestria, insight e pura delícia que são impossíveis de descrever. Uma nação que tenha alguém do calibre de Gilberto Freyre para explicá-la para si mesma poderia se dar por satisfeita na busca de sua identidade nacional. Tudo o que você quiser saber sobre o caráter do povo brasileiro está lá: e nada mais. Politicamente, Gilberto era conservador de fazer dó. O homem se auto-exilou no exterior em repúdio à Revolução de 30! Apoiou todas as ditaduras que viu pela frente, de Salazar à Castelo. Enfim, quem não se engana de vez em quando? Uma das coisas mais divertidas da bibliografia sobre Casa Grande & Senzala são as reações histéricas e descompensadas da esquerda às teorias gilbertianas. Durante a ditadura, enquanto os militares babavam o ovo de Gilberto e ele, o deles, o establishment acadêmico, tradicionalmente dominado pela esquerda, boicotou o livro o quanto pôde. Não foi fácil: Casa Grande & Senzala é magistral demais para sumir por pirraça política. Depois do fim da ditadura e da morte de Gilberto, o livro começou a ser avaliada de forma mais imparcial. Gilberto inventou a história dos costumes, da vida privada. Em uma época em que ainda só se escreviam anais dos grandes acontecimentos (1930), Casa Grande & Senzala utilizava diários, brinquedos, anúncios de jornal, e o que mais caísse nas mãos de Gilberto, para narrar o dia-a-dia do Brasil colonial. A divina trilogia de Gilberto Freyre é composta de Casa Grande & Senzala (Brasil Colonial), Sobrados e Mucambos (século XIX) e Ordem e Progresso (século XX). O mítico e legendário quarto volume, Jazigos e Covas Rasas, jamais foi escrito mas, borgianamente, seu título já é tão genial que é quase uma obra em si.

Roberto Crema


Roberto Crema é antropólogo, psicólogo analista e sintetista, criador do enfoque da Síntese Transacional e Vice-Reitor da Unipaz/Brasília.
Segundo ele, a crise que testemunhamos é de demolição, lição do demo. Lição da fragmentação, do egocentrismo, da exclusão, da falta de escuta, da perda dos valores fundamentais da espécie.
É também uma crise da crisálida, de transição, de espasmos de parto de uma nova consciência.
Para Roberto Crema, há motivos de sobra para as nossas lágrimas e, também, para os nossos risos. Lembrando a sabedoria chinesa, ele afirma que crise significa perigo e oportunidade. Para os despreparados, representa estresse e colapso. Para os bens centrados, significa um trampolim para o aprendizado e a evolução.
Sempre podemos nos preparar para a tarefa de reconstrução, inspirando-nos no lótus, que brota do lodo e o transforma em flor. Transmutar os escombros de nossas torres de Babel do suposto-poder, em pedras de suporte para a edificação de um novo viver, mais integrado, solidário e digno, eis um portentoso desafio do novo milênio.
Roberto Crema, que também é consultor em abordagem holística e ecologia do Ser, diz que cuidar de nossos jovens é, antes de tudo, abrir a nossa escuta para os seus desejos, os seus sonhos, os seus temores, os seus arrepios, os seus amores. Ser capaz do diálogo aberto e franco. Cuidar de nossos jovens é conspirar por uma nova educação que, além de um rudimentar adestramento intelectual, possa colocar a alma e a consciência na sala de aula.
Necessitamos, prementemente, de uma alfabetização psíquica, através de um currículo que inclua a subjetividade e facilite o desenvolvimento das inteligências emocional, onírica, ética, noética, relacional e essencial. Como conclama a própria UNESCO, através de recentes e paradigmáticos documentos, urge desenvolver a abordagem transdisciplinar em educação, através de seus quatro pilares: educar para conhecer, educar para fazer, educar para conviver e educar para Ser.
Necessitamos, portanto, de uma pedagogia iniciativa que, através de uma via interior, facilite que o Aprendiz possa inclinar o coração para aprender a aprender, esclarecendo e nutrindo suas sementes vocacionais, para que possa fazer render os seus naturais e autênticos talentos. Somente os que possuem vocação estarão preparados para os tremendos desafios deste século, cujas caudalosas águas já navegamos! Cuidar de nossos jovens é, sobretudo, dar um testemunho de um existir mais íntegro e transparente, mais terno, sábio e fraterno. Menos discursos e mais exemplos, menos palavras e mais ações.

Leonardo Boff


Leonardo Boff ingressou na Ordem dos Frades Menores em 1959 e foi ordenado sacerdote em 1964. Em 1970, doutorou-se em Filosofia e Teologia na Universidade de Munique, Alemanha. Ao retornar ao Brasil, ajudou a consolidar a Teologia da Libertação no país. Lecionou Teologia Sistemática e Ecumênica no Instituto Teológico Franciscano em Petrópolis (RJ) durante 22 anos. Foi editor das revistas Concilium (1970-1995) (Revista Internacional de Teologia), Revista de Cultura Vozes (1984-1992) e Revista Eclesiástica Brasileira (1970-1984).
Seus questionamentos a respeito da hierarquia da Igreja, expressos no livro Igreja, Carisma e Poder, renderam-lhe um processo junto à Congregação para a Doutrina da Fé, então sob a direção de Joseph Ratzinger, hoje Papa Bento XVI. Em 1985, foi condenado a um ano de "silêncio obsequioso", perdendo sua cátedra e suas funções editoriais no interior da Igreja Católica. Em 1986, recuperou algumas funções, mas sempre sob severa vigilância. Em 1992, ante nova ameaça de punição, desligou-se da Ordem Franciscana e pediu dispensa do sacerdócio. Sem que esta dispensa lhe fosse concedida, uniu-se, então, à educadora popular[1] e militante dos direitos humanos Márcia Monteiro da Silva Miranda, divorciada e mãe de seis filhos. Boff afirma que nunca deixou a Igreja: "Continuei e continuo dentro da Igreja e fazendo teologia como antes", mas deixou de exercer a função de padre dentro da Igreja,.[2][3] Suas críticas à estrutura hierárquica da Igreja Católica e seus vínculos com a teologia da libertação fazem com que setores católicos considerem-no apóstata.
Sua reflexão teológica abrange os campos da Ética, Ecologia e da Espiritualidade, além de assessorar as Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) e movimentos sociais como o MST. Trabalha também no campo do ecumenismo.
Em 1993 foi aprovado em concurso público como professor de Ética, Filosofia da Religião e Ecologia na Universidade do Estado do Rio de Janeiro, onde é atualmente professor emérito.
Foi professor de Teologia e Espiritualidade em vários institutos do Brasil e exterior. Como professor visitante, lecionou nas seguintes instituições: de Universidade de Lisboa (Portugal), Universidade de Salamanca (Espanha), Universidade Harvard (EUA), Universidade de Basel (Suíça) e Universidade de Heidelberg (Alemanha). É doutor honoris causa em Política pela universidade de Turim, na Itália, em Teologia pela universidade de Lund na Suécia e nas Faculdades EST – Escola Superior de Teologia em São Leopoldo (Rio Grande do Sul).
Sua produção literária e teológica é superior a 60 livros, entre eles o best-seller A Águia e a Galinha. A maioria de suas obras foram publicadas no exterior.
Atualmente, viaja pelo Brasil,dando palestras sobre os temas abordados em seus livros e também em encontros da Agenda 21. Vive em Petrópolis (RJ) com a educadora popular Márcia Miranda.
Prêmios:
• Prêmio conferido a Jésus Christ Libérateur. Paris, Du Cerf, como livro religioso do ano na França (1974)
• Prêmio conferido a The Lord's Prayer. Quezon City, como livro religioso do ano nas Filipinas (1984)
• Herbert Haag Preis Freiheit in der Kirche, prêmio pela liberdade na Igreja, de Luzern,Suíça (1985)
• Prêmio conferido a Passion of Christ, Passion of the World New York, Orbis Books, como livro religioso do ano nos USA (1987)
• Prêmio Internacional Alfonso Comin, concedido pela fundação Alfonso Comin e pela prefeitura de Barcelona, por seu trabalho comunitário e em prol dos direitos dos empobrecidos e marginalizados (1987)
• Prêmio dos editores de livros religiosos em idioma alemão pelo conjunto de sua obra traduzida para o alemão em Frankfurt (1988)
• Prêmio Thomas Morus Medaille der Thomas Morus Gesellschaft pela firmeza da consciência (Standfestigkeit des Gewissens) (1992)
• Prêmio Nacional de Direitos Humanos (1992)
• Prêmio Sergio Buarque de Holanda (Biblioteca Nacional - Ministério da Cultura), para a obra Ecologia: grito da Terra, grito dos pobres. S.Paulo, Ed. Atica, como ensaio social do ano (1994)
• Prêmio Right Livelihood (Correto Modo de Vida), conhecido como o Nobel alternativo, Estocolmo, Suécia (2001).
• Doutor Honoris Causa da Escola Superior de Teologia, instituição da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil, em pelo seu compromisso ecumênico a partir do diálogo com a teologia protestante e à reflexão entre teologia e ecologia (2008).

Antônio Gramsci


Antonio Gramsci foi uma das referências essenciais do pensamento de esquerda no século 20, co-fundador do Partido Comunista Italiano.

Nascido em Ales, na Sardenha, em uma família pobre e numerosa, filho de Francesco Gramsci, Antonio foi vítima, antes dos 2 anos, de uma doença que o deixou corcunda e prejudicou seu crescimento. No entanto, foi um estudante brilhante, e aos 21 anos conseguiu um prêmio para estudar Letras na universidade de Turim.

Gramsci freqüentou os círculos socialistas e entrou para o Partido Socialista em 1913. Transformou-se num jornalista notável, um escritor articulado da teoria política, escrevendo para o "L´Avanti", órgão oficial do Partido Socialista e para vários jornais socialistas na Itália.

Em 1919, rompeu com o partido. Militou em comissões de fábrica e ajudou a fundar o Partido Comunista Italiano em 1921, junto com Amadeo Bordiga.
Gramsci foi à Rússia em 1922, onde representou o novo partido e encontrou Giulia Schucht, uma violinista com quem se casou e teve 2 filhos. A missão russa coincidiu com o advento do fascismo na Itália. Gramsci retornou com a missão de promover a unidade dos partidos de esquerda no seu país.

Em 8 de novembro de 1926, a polícia fascista prendeu Gramsci e, apesar de sua imunidade parlamentar, levaram-no à prisão. Recebeu uma sentença de cinco anos de confinamento e, no ano seguinte, uma sentença de 20 anos de prisão em Turi, perto de Bari.

Um projeto para trocar prisioneiros políticos entre a Itália e a União Soviética falhou em 1932. Dois anos depois, bastante doente, ganhou a liberdade condicional, para tratar-se em hospitais. Morreu em Roma, aos 46 anos.

Gramsci escreveu mais de 30 cadernos de história e análise durante a prisão. Conhecidas como "Cadernos do Cárcere" e "Cartas do Cárcere", contêm seu traço do nacionalismo italiano e algumas idéias da teoria crítica e educacional. Para despistar a censura fascista, Gramsci adotou uma linguagem cifrada, em torno de conceitos originais ou de expressões novas. Seus escritos têm forma fragmentária, com muitos trechos que apenas indicam reflexões a serem desenvolvidas.

Suas noções de pedagogia crítica e instrução popular foram teorizadas e praticadas décadas mais tarde por Paulo Freire no Brasil. Gramsci desacreditava de uma tomada do poder que não fosse precedida por mudanças de mentalidade. Para ele, os agentes principais dessas mudanças seriam os intelectuais e um dos seus instrumentos mais importantes, para a conquista da cidadania, seria a escola.

Gramsci promoveu o casamento das idéias de Marx com as de Maquiavel, considerando o Partido Comunista o novo "Príncipe", a quem o pensador florentino renascentista dava conselhos para tomar e permanecer no poder. Para Gramsci, mais ainda do que para Maquiavel, os fins justificam os meios e qualquer ato só pode ser julgado a partir de sua utilidade para a revolução comunista.

GERDAU


Gerdau é o grupo siderúrgico líder na produção de aços longos nas Américas, e pertence majoritariamente à família Johannpeter, por vezes referida apenas com o penúltimo sobrenome dos quatro patriarcas: Gerdau. Dentre estes quatro, estão Jorge, Klaus, Frederico e Germano Gerdau Johannpeter. O conglomerado conta com unidades no Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, Peru, Uruguai, México, República Dominicana, Venezuela, Guatemala, Estados Unidos e Canadá. O Grupo Gerdau também possui 40% de participação em negócios da Corporación Sidenor, da Espanha e uma joint venture com o Grupo Kalyani da Índia. Possui capacidade instalada de 26 milhões de toneladas de aço por ano e fornece aço para os setores da construção civil, indústria e agropecuária.
O Grupo Gerdau é um dos agentes do processo de consolidação da siderurgia mundial. É o 13º maior produtor de aço do mundo e líder no segmento de aços longos nas Américas. Possui 337 unidades industriais e comerciais nos 14 países onde atua e emprega mais de 46 mil funcionários. Seus produtos, comercializados para os cinco continentes, atendem os setores da construção civil, indústria e agropecuária. Possui ações listadas nas bolsas de valores de São Paulo, Nova York, Toronto e Madri.
PERFIL DA EMPRESA
A Gerdau é líder no segmento de aços longos nas Américas e um dos maiores fornecedores de aços longos especiais do mundo. A empresa começou a traçar sua rota de expansão há mais de um século e hoje possui presença industrial em 14 países: Argentina, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Espanha, Estados Unidos, Guatemala, Índia, México, Peru, República Dominicana, Uruguai e Venezuela.

No Brasil, possui operações em quase todos os Estados, que produzem aços longos comuns, especiais e planos. Seus produtos, comercializados nos cinco continentes, atendem os setores da construção civil, indústria e agropecuária. Eles estão presentes no dia a dia das pessoas nas mais diversas formas: integram a estrutura de residências, shopping centers, hospitais, pontes e hidrelétricas, fazem parte de torres de transmissão de energia e telefonia, são matéria-prima de peças de automóveis e participam do trabalho no campo.

Com ações listadas nas Bolsas de Valores de São Paulo, Nova York, Toronto, Madri e Lima, a Gerdau busca eficiência e crescimento com rentabilidade, sempre comprometida com o desenvolvimento sustentável.

ISO 14001

O desempenho ambiental de uma companhia pode ter um impacto significativo em seu sucesso. A ISO 14001 é a norma internacionalmente reconhecida para Sistemas de Gestão Ambiental (SGA). A BSi Management Systems oferece certificação na ISO 14001, o que o ajudará a alcançar a norma e então aumentar a vantagem competitiva e a reputação de sua organização. A certificação pode:
• Demonstrar altos padrões ambientais
• Demonstrar a conformidade com a legislação
• Reduzir custos
• Melhorar a eficiência
A BSi Management Systems oferece apoio ao longo da implementação e manutenção de seu SGA.
ISSO 14001 é uma norma internacional que especifica um processo para controlar e melhorar o desempenho ambiental de uma companhia.
A ISO 14001 consiste de:
• Requisitos gerais
• Política ambiental
• Planejamento
• Implementação e operação
• Verificação e ação corretiva
• Análise crítica pela administração
Isto significa que você:
Identifica elementos de seu negócio que causam impacto no meio ambiente e providencia o acesso à legislação ambiental relevante.
Prepara objetivos de melhoria e um programa de gestão para atingi-los, com análises críticas regulares para melhoria contínua.
A BSi pode então continuamente auditar o sistema e, caso conforme, certificar a sua companhia ou site na ISO 14001.

SGA : Sistema de Gestão Ambiental

O Sistema de Gestão Ambiental é um processo voltado a resolver, mitigar e/ou prevenir os problemas de caráter ambiental, com o objetivo de desenvolvimento sustentável. Podemos definir Sistema de gestão Ambienta (SGA), segundo a NBR ISO 14001, como a parte do sistema de gestão que compreende a estrutura organizacional, as responsabilidades, as práticas, os procedimentos, os processos e recurso para aplicar, elaborar, revisar e manter a política ambiental da empresa.
O processo de implementação de um Sistema de Gestão consta de 4 fases:
1 - Definição e comunicação do projeto (gera-se um documento de trabalho que irá detalhar as bases do projeto para implementação do SGA);
2 - Planejamento do SGA (realiza-se a revisão ambiental inicial, planejando-se o sistema);
3 - Instalação do SGA (realiza-se a implementação do SGA);
4 - Auditoria e certificação.

Uma vez implementado o SGA, pode-se tramitar sua certificação. O Sistema de Gestão Ambiental permitem as empresas, de forma imediata:

  1. Segurança na forma de redução de riscos de acidentes, de sanções legais, etc;
  2. Qualidade dos produtos, serviços e processos;
  3. Economia e/ou redução no consumo de matérias primas, água e energia;
  4. Mercado, com a finalidade de captar novos clientes;
  5. Melhora na imagem e no processo;
  6. Possibilidade de futuro e a permanência da empresa;
  7. Possibilidade de financiamentos devido ao bom históricoambiental.


quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

O que é educação ambiental?

Atualmente muito se fala sobre meio ambiente e o que devemos fazer para preservá-lo. E tudo isso começa com uma boa educação ambiental. Acredito que ter uma educação ambiental não seja simplesmente aprender que não devemos jogar lixo nas ruas, e sim aprender como funciona o meio ambiente, como é a vida das plantas e de todos os animais e, principalmente, devemos entender que é necessário preservá-los para que o ecossistema se mantenha equilibrado, pois percebo que apenas quando conhecemos e aprendemos sobre a real necessidade de algo é que podemos entender que precisamos preservá-lo, ou seja apenas quando aprendermos como realmente funciona o meio ambiente é que entederemos que precisamos dele preservado para que possamos ter uma boa qualidade de vida. É necessário, então, que todos possam ter acesso a esse tipo de educação para que tenham condições de cuidar do meio ambiente corretamente.