Páginas

quarta-feira, 3 de março de 2010

Gilberto Freyre


Gilberto Freyre (1900-1987) é, com certeza, o maior estudioso do nosso país. Se for ler somente um livro sobre Brasil, leia Casa Grande & Senzala. Se for ler dois, leia Sobrados e Mucambos. Casa Grande & Senzala talvez seja a obra mais genial já escrita em nossa língua. Ela atinge picos de maestria, insight e pura delícia que são impossíveis de descrever. Uma nação que tenha alguém do calibre de Gilberto Freyre para explicá-la para si mesma poderia se dar por satisfeita na busca de sua identidade nacional. Tudo o que você quiser saber sobre o caráter do povo brasileiro está lá: e nada mais. Politicamente, Gilberto era conservador de fazer dó. O homem se auto-exilou no exterior em repúdio à Revolução de 30! Apoiou todas as ditaduras que viu pela frente, de Salazar à Castelo. Enfim, quem não se engana de vez em quando? Uma das coisas mais divertidas da bibliografia sobre Casa Grande & Senzala são as reações histéricas e descompensadas da esquerda às teorias gilbertianas. Durante a ditadura, enquanto os militares babavam o ovo de Gilberto e ele, o deles, o establishment acadêmico, tradicionalmente dominado pela esquerda, boicotou o livro o quanto pôde. Não foi fácil: Casa Grande & Senzala é magistral demais para sumir por pirraça política. Depois do fim da ditadura e da morte de Gilberto, o livro começou a ser avaliada de forma mais imparcial. Gilberto inventou a história dos costumes, da vida privada. Em uma época em que ainda só se escreviam anais dos grandes acontecimentos (1930), Casa Grande & Senzala utilizava diários, brinquedos, anúncios de jornal, e o que mais caísse nas mãos de Gilberto, para narrar o dia-a-dia do Brasil colonial. A divina trilogia de Gilberto Freyre é composta de Casa Grande & Senzala (Brasil Colonial), Sobrados e Mucambos (século XIX) e Ordem e Progresso (século XX). O mítico e legendário quarto volume, Jazigos e Covas Rasas, jamais foi escrito mas, borgianamente, seu título já é tão genial que é quase uma obra em si.

Roberto Crema


Roberto Crema é antropólogo, psicólogo analista e sintetista, criador do enfoque da Síntese Transacional e Vice-Reitor da Unipaz/Brasília.
Segundo ele, a crise que testemunhamos é de demolição, lição do demo. Lição da fragmentação, do egocentrismo, da exclusão, da falta de escuta, da perda dos valores fundamentais da espécie.
É também uma crise da crisálida, de transição, de espasmos de parto de uma nova consciência.
Para Roberto Crema, há motivos de sobra para as nossas lágrimas e, também, para os nossos risos. Lembrando a sabedoria chinesa, ele afirma que crise significa perigo e oportunidade. Para os despreparados, representa estresse e colapso. Para os bens centrados, significa um trampolim para o aprendizado e a evolução.
Sempre podemos nos preparar para a tarefa de reconstrução, inspirando-nos no lótus, que brota do lodo e o transforma em flor. Transmutar os escombros de nossas torres de Babel do suposto-poder, em pedras de suporte para a edificação de um novo viver, mais integrado, solidário e digno, eis um portentoso desafio do novo milênio.
Roberto Crema, que também é consultor em abordagem holística e ecologia do Ser, diz que cuidar de nossos jovens é, antes de tudo, abrir a nossa escuta para os seus desejos, os seus sonhos, os seus temores, os seus arrepios, os seus amores. Ser capaz do diálogo aberto e franco. Cuidar de nossos jovens é conspirar por uma nova educação que, além de um rudimentar adestramento intelectual, possa colocar a alma e a consciência na sala de aula.
Necessitamos, prementemente, de uma alfabetização psíquica, através de um currículo que inclua a subjetividade e facilite o desenvolvimento das inteligências emocional, onírica, ética, noética, relacional e essencial. Como conclama a própria UNESCO, através de recentes e paradigmáticos documentos, urge desenvolver a abordagem transdisciplinar em educação, através de seus quatro pilares: educar para conhecer, educar para fazer, educar para conviver e educar para Ser.
Necessitamos, portanto, de uma pedagogia iniciativa que, através de uma via interior, facilite que o Aprendiz possa inclinar o coração para aprender a aprender, esclarecendo e nutrindo suas sementes vocacionais, para que possa fazer render os seus naturais e autênticos talentos. Somente os que possuem vocação estarão preparados para os tremendos desafios deste século, cujas caudalosas águas já navegamos! Cuidar de nossos jovens é, sobretudo, dar um testemunho de um existir mais íntegro e transparente, mais terno, sábio e fraterno. Menos discursos e mais exemplos, menos palavras e mais ações.

Leonardo Boff


Leonardo Boff ingressou na Ordem dos Frades Menores em 1959 e foi ordenado sacerdote em 1964. Em 1970, doutorou-se em Filosofia e Teologia na Universidade de Munique, Alemanha. Ao retornar ao Brasil, ajudou a consolidar a Teologia da Libertação no país. Lecionou Teologia Sistemática e Ecumênica no Instituto Teológico Franciscano em Petrópolis (RJ) durante 22 anos. Foi editor das revistas Concilium (1970-1995) (Revista Internacional de Teologia), Revista de Cultura Vozes (1984-1992) e Revista Eclesiástica Brasileira (1970-1984).
Seus questionamentos a respeito da hierarquia da Igreja, expressos no livro Igreja, Carisma e Poder, renderam-lhe um processo junto à Congregação para a Doutrina da Fé, então sob a direção de Joseph Ratzinger, hoje Papa Bento XVI. Em 1985, foi condenado a um ano de "silêncio obsequioso", perdendo sua cátedra e suas funções editoriais no interior da Igreja Católica. Em 1986, recuperou algumas funções, mas sempre sob severa vigilância. Em 1992, ante nova ameaça de punição, desligou-se da Ordem Franciscana e pediu dispensa do sacerdócio. Sem que esta dispensa lhe fosse concedida, uniu-se, então, à educadora popular[1] e militante dos direitos humanos Márcia Monteiro da Silva Miranda, divorciada e mãe de seis filhos. Boff afirma que nunca deixou a Igreja: "Continuei e continuo dentro da Igreja e fazendo teologia como antes", mas deixou de exercer a função de padre dentro da Igreja,.[2][3] Suas críticas à estrutura hierárquica da Igreja Católica e seus vínculos com a teologia da libertação fazem com que setores católicos considerem-no apóstata.
Sua reflexão teológica abrange os campos da Ética, Ecologia e da Espiritualidade, além de assessorar as Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) e movimentos sociais como o MST. Trabalha também no campo do ecumenismo.
Em 1993 foi aprovado em concurso público como professor de Ética, Filosofia da Religião e Ecologia na Universidade do Estado do Rio de Janeiro, onde é atualmente professor emérito.
Foi professor de Teologia e Espiritualidade em vários institutos do Brasil e exterior. Como professor visitante, lecionou nas seguintes instituições: de Universidade de Lisboa (Portugal), Universidade de Salamanca (Espanha), Universidade Harvard (EUA), Universidade de Basel (Suíça) e Universidade de Heidelberg (Alemanha). É doutor honoris causa em Política pela universidade de Turim, na Itália, em Teologia pela universidade de Lund na Suécia e nas Faculdades EST – Escola Superior de Teologia em São Leopoldo (Rio Grande do Sul).
Sua produção literária e teológica é superior a 60 livros, entre eles o best-seller A Águia e a Galinha. A maioria de suas obras foram publicadas no exterior.
Atualmente, viaja pelo Brasil,dando palestras sobre os temas abordados em seus livros e também em encontros da Agenda 21. Vive em Petrópolis (RJ) com a educadora popular Márcia Miranda.
Prêmios:
• Prêmio conferido a Jésus Christ Libérateur. Paris, Du Cerf, como livro religioso do ano na França (1974)
• Prêmio conferido a The Lord's Prayer. Quezon City, como livro religioso do ano nas Filipinas (1984)
• Herbert Haag Preis Freiheit in der Kirche, prêmio pela liberdade na Igreja, de Luzern,Suíça (1985)
• Prêmio conferido a Passion of Christ, Passion of the World New York, Orbis Books, como livro religioso do ano nos USA (1987)
• Prêmio Internacional Alfonso Comin, concedido pela fundação Alfonso Comin e pela prefeitura de Barcelona, por seu trabalho comunitário e em prol dos direitos dos empobrecidos e marginalizados (1987)
• Prêmio dos editores de livros religiosos em idioma alemão pelo conjunto de sua obra traduzida para o alemão em Frankfurt (1988)
• Prêmio Thomas Morus Medaille der Thomas Morus Gesellschaft pela firmeza da consciência (Standfestigkeit des Gewissens) (1992)
• Prêmio Nacional de Direitos Humanos (1992)
• Prêmio Sergio Buarque de Holanda (Biblioteca Nacional - Ministério da Cultura), para a obra Ecologia: grito da Terra, grito dos pobres. S.Paulo, Ed. Atica, como ensaio social do ano (1994)
• Prêmio Right Livelihood (Correto Modo de Vida), conhecido como o Nobel alternativo, Estocolmo, Suécia (2001).
• Doutor Honoris Causa da Escola Superior de Teologia, instituição da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil, em pelo seu compromisso ecumênico a partir do diálogo com a teologia protestante e à reflexão entre teologia e ecologia (2008).

Antônio Gramsci


Antonio Gramsci foi uma das referências essenciais do pensamento de esquerda no século 20, co-fundador do Partido Comunista Italiano.

Nascido em Ales, na Sardenha, em uma família pobre e numerosa, filho de Francesco Gramsci, Antonio foi vítima, antes dos 2 anos, de uma doença que o deixou corcunda e prejudicou seu crescimento. No entanto, foi um estudante brilhante, e aos 21 anos conseguiu um prêmio para estudar Letras na universidade de Turim.

Gramsci freqüentou os círculos socialistas e entrou para o Partido Socialista em 1913. Transformou-se num jornalista notável, um escritor articulado da teoria política, escrevendo para o "L´Avanti", órgão oficial do Partido Socialista e para vários jornais socialistas na Itália.

Em 1919, rompeu com o partido. Militou em comissões de fábrica e ajudou a fundar o Partido Comunista Italiano em 1921, junto com Amadeo Bordiga.
Gramsci foi à Rússia em 1922, onde representou o novo partido e encontrou Giulia Schucht, uma violinista com quem se casou e teve 2 filhos. A missão russa coincidiu com o advento do fascismo na Itália. Gramsci retornou com a missão de promover a unidade dos partidos de esquerda no seu país.

Em 8 de novembro de 1926, a polícia fascista prendeu Gramsci e, apesar de sua imunidade parlamentar, levaram-no à prisão. Recebeu uma sentença de cinco anos de confinamento e, no ano seguinte, uma sentença de 20 anos de prisão em Turi, perto de Bari.

Um projeto para trocar prisioneiros políticos entre a Itália e a União Soviética falhou em 1932. Dois anos depois, bastante doente, ganhou a liberdade condicional, para tratar-se em hospitais. Morreu em Roma, aos 46 anos.

Gramsci escreveu mais de 30 cadernos de história e análise durante a prisão. Conhecidas como "Cadernos do Cárcere" e "Cartas do Cárcere", contêm seu traço do nacionalismo italiano e algumas idéias da teoria crítica e educacional. Para despistar a censura fascista, Gramsci adotou uma linguagem cifrada, em torno de conceitos originais ou de expressões novas. Seus escritos têm forma fragmentária, com muitos trechos que apenas indicam reflexões a serem desenvolvidas.

Suas noções de pedagogia crítica e instrução popular foram teorizadas e praticadas décadas mais tarde por Paulo Freire no Brasil. Gramsci desacreditava de uma tomada do poder que não fosse precedida por mudanças de mentalidade. Para ele, os agentes principais dessas mudanças seriam os intelectuais e um dos seus instrumentos mais importantes, para a conquista da cidadania, seria a escola.

Gramsci promoveu o casamento das idéias de Marx com as de Maquiavel, considerando o Partido Comunista o novo "Príncipe", a quem o pensador florentino renascentista dava conselhos para tomar e permanecer no poder. Para Gramsci, mais ainda do que para Maquiavel, os fins justificam os meios e qualquer ato só pode ser julgado a partir de sua utilidade para a revolução comunista.

GERDAU


Gerdau é o grupo siderúrgico líder na produção de aços longos nas Américas, e pertence majoritariamente à família Johannpeter, por vezes referida apenas com o penúltimo sobrenome dos quatro patriarcas: Gerdau. Dentre estes quatro, estão Jorge, Klaus, Frederico e Germano Gerdau Johannpeter. O conglomerado conta com unidades no Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, Peru, Uruguai, México, República Dominicana, Venezuela, Guatemala, Estados Unidos e Canadá. O Grupo Gerdau também possui 40% de participação em negócios da Corporación Sidenor, da Espanha e uma joint venture com o Grupo Kalyani da Índia. Possui capacidade instalada de 26 milhões de toneladas de aço por ano e fornece aço para os setores da construção civil, indústria e agropecuária.
O Grupo Gerdau é um dos agentes do processo de consolidação da siderurgia mundial. É o 13º maior produtor de aço do mundo e líder no segmento de aços longos nas Américas. Possui 337 unidades industriais e comerciais nos 14 países onde atua e emprega mais de 46 mil funcionários. Seus produtos, comercializados para os cinco continentes, atendem os setores da construção civil, indústria e agropecuária. Possui ações listadas nas bolsas de valores de São Paulo, Nova York, Toronto e Madri.
PERFIL DA EMPRESA
A Gerdau é líder no segmento de aços longos nas Américas e um dos maiores fornecedores de aços longos especiais do mundo. A empresa começou a traçar sua rota de expansão há mais de um século e hoje possui presença industrial em 14 países: Argentina, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Espanha, Estados Unidos, Guatemala, Índia, México, Peru, República Dominicana, Uruguai e Venezuela.

No Brasil, possui operações em quase todos os Estados, que produzem aços longos comuns, especiais e planos. Seus produtos, comercializados nos cinco continentes, atendem os setores da construção civil, indústria e agropecuária. Eles estão presentes no dia a dia das pessoas nas mais diversas formas: integram a estrutura de residências, shopping centers, hospitais, pontes e hidrelétricas, fazem parte de torres de transmissão de energia e telefonia, são matéria-prima de peças de automóveis e participam do trabalho no campo.

Com ações listadas nas Bolsas de Valores de São Paulo, Nova York, Toronto, Madri e Lima, a Gerdau busca eficiência e crescimento com rentabilidade, sempre comprometida com o desenvolvimento sustentável.

ISO 14001

O desempenho ambiental de uma companhia pode ter um impacto significativo em seu sucesso. A ISO 14001 é a norma internacionalmente reconhecida para Sistemas de Gestão Ambiental (SGA). A BSi Management Systems oferece certificação na ISO 14001, o que o ajudará a alcançar a norma e então aumentar a vantagem competitiva e a reputação de sua organização. A certificação pode:
• Demonstrar altos padrões ambientais
• Demonstrar a conformidade com a legislação
• Reduzir custos
• Melhorar a eficiência
A BSi Management Systems oferece apoio ao longo da implementação e manutenção de seu SGA.
ISSO 14001 é uma norma internacional que especifica um processo para controlar e melhorar o desempenho ambiental de uma companhia.
A ISO 14001 consiste de:
• Requisitos gerais
• Política ambiental
• Planejamento
• Implementação e operação
• Verificação e ação corretiva
• Análise crítica pela administração
Isto significa que você:
Identifica elementos de seu negócio que causam impacto no meio ambiente e providencia o acesso à legislação ambiental relevante.
Prepara objetivos de melhoria e um programa de gestão para atingi-los, com análises críticas regulares para melhoria contínua.
A BSi pode então continuamente auditar o sistema e, caso conforme, certificar a sua companhia ou site na ISO 14001.

SGA : Sistema de Gestão Ambiental

O Sistema de Gestão Ambiental é um processo voltado a resolver, mitigar e/ou prevenir os problemas de caráter ambiental, com o objetivo de desenvolvimento sustentável. Podemos definir Sistema de gestão Ambienta (SGA), segundo a NBR ISO 14001, como a parte do sistema de gestão que compreende a estrutura organizacional, as responsabilidades, as práticas, os procedimentos, os processos e recurso para aplicar, elaborar, revisar e manter a política ambiental da empresa.
O processo de implementação de um Sistema de Gestão consta de 4 fases:
1 - Definição e comunicação do projeto (gera-se um documento de trabalho que irá detalhar as bases do projeto para implementação do SGA);
2 - Planejamento do SGA (realiza-se a revisão ambiental inicial, planejando-se o sistema);
3 - Instalação do SGA (realiza-se a implementação do SGA);
4 - Auditoria e certificação.

Uma vez implementado o SGA, pode-se tramitar sua certificação. O Sistema de Gestão Ambiental permitem as empresas, de forma imediata:

  1. Segurança na forma de redução de riscos de acidentes, de sanções legais, etc;
  2. Qualidade dos produtos, serviços e processos;
  3. Economia e/ou redução no consumo de matérias primas, água e energia;
  4. Mercado, com a finalidade de captar novos clientes;
  5. Melhora na imagem e no processo;
  6. Possibilidade de futuro e a permanência da empresa;
  7. Possibilidade de financiamentos devido ao bom históricoambiental.